A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, quer unir na campanha no 2º turno de Lula (PT) seus três adversários mais fortes e que ficaram pelo caminho na corrida eleitoral: Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Soraya Thronicke (União Brasil).
Gleisi disse já haver conversas com a cúpula do PDT para atrair Ciro para o palanque. A sigla do ex-presidenciável deve definir apoio ainda nesta semana, segundo a petista.
“Gostaríamos muito de ter o Ciro na nossa campanha”, disse Gleisi, em entrevista à Globo News, citando propostas do plano de governo do pedetista que Lula poderia abraçar.
"Queremos muito ter a Simone na nossa campanha. Achamos importante, e também queremos ter a Soraya junto conosco. Vamos procurar também o PSDB para que a gente possa conversar, não só aqui em São Paulo, mas em outros estados, para que possamos marchar juntos", afirmou.
No mesmo evento, Lula vê o momento como de união com "todas as forças políticas que tenham votos".
"Agora a escolha não é a ideológica, agora vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, que tenham significância, para que a gente possa somar em um bloco com todos que são democratas contra os que não são democratas", completou Lula.
Apoios de Simone, Ciro e Soraya
O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que reunirá o partido nesta terça-feira (04) para anunciar o caminho que a sigla tomará no 2º turno da eleição. Lupi afirmou que conversou com Gleisi nesta segunda (02) e que sugeriu a ela que os petistas incorporem propostas de Ciro.
"Hoje eu falei com Gleisi, e disse que ela tinha que dar alguma sinalização que querem o nosso apoio. Assim que derem a sinalização, facilita a minha posição e a do Ciro. E ela disse há pouco, pelo WhatsApp, que já aceitou [as propostas]", afirmou Lupi.
O PT já iniciou conversas “laterais” com o MDB, aproveitando a ponte feita com parte do partido que já apoiou Lula no primeiro turno. Em seu discurso na noite de domingo, em que admitiu a derrota, Simone Tebet afirmou que “tem lado” e insinuou sua intenção de apoiar Lula no segundo turno, mas deu o prazo até terça-feira para que os partidos da sua coligação —PSDB, Cidadania e Podemos— debatessem uma posição.
“Vamos buscar o apoio de todo mundo. É um dever, uma obrigação. É o destino da democracia que está em jogo”, defendeu o ex-ministro Luiz Dulci, um dos membros do conselho político da campanha petista.
Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando nesse link
Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link
Baixe nosso app no Android, clique neste link